A
participação é gratuita para as escolas públicas e paga para as escolas
particulares. Não há limites para a quantidade de classes das escolas
interessadas em participar, mas cada classe terá um único time.
Criada
em 1989 pelo Ministério da Educação da França, a competição envolveu em
2015 mais de 200 mil alunos de 28 países, sendo 30 mil brasileiros. A
prova é aplicada em nove idiomas diferentes.
No
Brasil, a Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras é
organizada pela Rede do Programa de Olimpíadas do Conhecimento (Rede
POC), programa de intercâmbio científico que tem como objetivo estimular
o interesse entre os estudantes pela Ciência, Tecnologia e Inovação.
Diferenciada
A
MSF é diferente das outras competições do gênero, como a Olimpíada
Brasileira de Matemática (OBM) e a Olimpíada Brasileira de Matemática
das Escolas Públicas (Obmep). A Matemática Sem Fronteiras é a única
realizada por equipes, formadas nas próprias classes, não é individual
como as outras.
De
acordo com os realizadores, o formato da prova produz efeitos positivos
sobre a qualidade do ensino da Matemática, uma vez que estimula o
trabalho em equipe e a resolução de problemas abertos. Um problema é
aberto se seu enunciado é curto, não induzindo ao método de resolução, e
onde muitas estratégias são possíveis para a sua resolução.
A
prova também envolve alunos do Ensino Fundamental 1 e tem uma das
questões em uma língua estrangeira, a ser escolhida pela equipe, entre
alemão, inglês, francês, espanhol ou italiano. As provas são
dissertativas e divididas em três níveis: básico, para o Fundamental 1;
júnior para o Fundamental 2; e sênior para o Ensino Médio. Todas as
escolas receberão um certificado de participação e as classes com melhor
desempenho ganharão medalhas de premiação.
Outro
diferencial é que a prova não é direcionada apenas para alunos com
altas habilidades na disciplina. A intenção é incentivar o trabalho em
equipe e desmistificar a ideia de que a Matemática é muito difícil.
A
MSF é a seção brasileira do evento internacional Mathématiques sans
Frontières, criado pela Académie de Strasbourg, Inspection Pédagogique
Régionale de Mathématiques e IREM (Institut de Recherche sur
l'Enseignement des Mathématiques), órgãos ligados ao Ministério da
Educação francês.
No
Brasil, o evento conta com o apoio do Consulado Geral da França em São
Paulo, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), do
Cenpec - Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação
Comunitária (instituição sem fins lucrativos ligada à Fundação Itaú
Social) e da Universidade Metodista de São Paulo.
Mato Grosso
Na
edição 2015, a Escola Estadual Guarantã, de Guarantã do Norte (a 736 km
de Cuiabá), é uma das unidades públicas, entre 10 estados brasileiros,
premiadas na Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras de 2015.
Duas turmas (4B e 6A) da escola receberam medalhas de prata e uma (5B)
conquistou medalha de bronze.
Ao
todo, 16 turmas da unidade escolar (do 4º ao 9º ano do ensino
fundamental) fizeram as provas, totalizando 301 alunos. Outras duas
instituições particulares mato-grossenses foram premiadas: a Escola
Progresso, de Campo Verde, com medalha de bronze e menção honrosa, e o
Centro Educacional Khalil Zaher, em Rondonópolis, com seis medalhas de
bronze e também menção honrosa.
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